O Poder e a Autoridade
"Quem não sabe rir, não é sério!"
( C-S.P.)
Júlio César :" Eis Cássio, com a sua aparência esguia e faminta; ele pensa demais: tais homens são perigosos"
(Shakespeare in Julius César, i,2,192)
(...) O Snr Presidente da Nossa República
O poder é positivo, enquanto a autoridade é natural (no plano filosófico)
O poder é institucional, e a autoridade é ética.
(é por isso que chamamos ao simples polícia agente da autoridade, visto que presumimos, e bem, que estando, ele polícia, dependente da instituição Polícia de Segurança Pública, instituição legal, também legitimada pela comunidade, passa a ser assim irrelevante chamar-lhe elemento de poder ou agente de autoridade).
O poder tende a corromper e sujeita-se sempre ao teste da corrupção, enquanto a autoridade modela virtudes (serve de exemplo a outros o nosso bom comportamento).
O poder recebe-se ( ou por nomeação ou por eleição), mas a autoridade conquista-se no comportamento quotidiano.
O poder (pelo que antes fica dito) tem o limite do tempo da instituição, enquanto a autoridade o limite do comportamento pessoal.
O poder (é assim) delegável ( um general pode delegar num major as competências que quiser) mas a autoridade, sendo subjectiva (quer dizer do sujeito A ou B) não o é.
Porque o poder obriga e a autoridade sugere, convida, ou coage.
O poder é assim imposto, e a autoridade impõe-se.
O poder é "a priori", e a autoridade "a posteriori"
O poder é objectivo, e a autoridade subjectiva.
O poder tende a abusar, e à autoridade só compete usar.
O poder é sempre táctico, a autoridade é estratégica.
O poder não necessita de coerência, mas a autoridade exige-a. (...) Couto Soares Pacheco in Ciclóstomo
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